sábado, janeiro 27, 2007

Opinião: Jornal Pessoal-1ªquinzena janeiro 2007

No primeiro exemplar do ano, Lúcio Flávio Pinto revela a intenção da Eletronorte em ampliar a hidrelétrica de Tucuruí. A matéria explica detalhadamente a finalidade e o processo de ampliação, e também faz uma crítica à má utilização de outros recursos que poderiam ser explorados pelos administradores da hidrelétrica, como o turismo. A Eletronorte não se manifestou a respeito, mas se confirmadas as previsões de LFP, o jornal terá méritos em ter dado a notícia em primeira mão.
O JP ainda traz duas matérias sobre o início do governo Ana Júlia: uma é a respeito da pendenga entre a Funtelpa e as ORM, a outra é sobre a indicação de cargos públicos e a situação financeira na qual a atual governadora encontrou os cofres do estado.
Na pág 6, há uma matéria sobre a relação nebulosa entre a Companhia Docas do Pará e os governos tucanos de Almir Gabriel e Simão Jatene. O texto revela que a suposta construção de um terminal fluvial seria o principal motivo para a desavença. Além disso, LFP explica como foi possível a multiplicação do valor da Estação das Docas.
A queixa deste blogueiro cai sobre as págs 7 e 8, em que Lúcio transcreve um “debate” ocorrido no blog de Juvêncio Arruda (http://www.quintaemenda.blogspot.com/) sobre um depoimento anônimo que bota em dúvida a imparcialidade do jornal e conseqüentemente do seu dono. LFP justifica a transcrição dizendo que é uma questão de interesse público, mas não vejo como uma postagem anônima que não traz nada além de achismos possa ser de interesse público ou mesmo dos leitores do folhetim. Quem lê o JP, sabe a trajetória de Lúcio (afinal, ele se encarrega de divulgá-la periodicamente) e não precisa ler as bobagens de alguém que se mostra mal informado e covarde, pois não assina o que escreve. Esperamos que o jornal traga mais informação e menos bate-boca de blogs na próxima edição.
por Hyury Potter

terça-feira, janeiro 23, 2007

Opinião: Terça 23/01/07

Os dois jornais deram grande destaque para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que é um pacote de investimentos em setores estratégicos para o desenvolvimento do país feito pelo governo Lula. Apesar de Diário e Liberal usarem basicamente a Agência Estado como fonte, o teor dos jornais divergiu novamente.
O Diário vê com otimismo o pacote do governo federal e traz na capa um mapa bem explicativo com indicações de onde serão feitos os investimentos no estado. O caderno 'Brasil Hoje' foi praticamente todo preenchido com esse assunto, mas faltou uma análise mais crítica sobre o programa. Faltou também o jornal cobrir a revolta de alguns moradores do bairro Curuçambá em Ananindeua, assunto que teve foto na capa do jornal Liberal.
O Liberal foca no ajuste fiscal que o pacote propõe, que amarra o aumento do salário mínimo ao PIB e à inflação de dois anos antes. No caderno 'Poder', um tom mais crítico sobre as somas e medidas do programa. O 'Poder' ainda traz uma matéria interessante sobre o PAC e o projeto 'Avança Brasil' do governo FHC em 1999, que tinha o mesmo objetivo desenvolvimentista do atual projeto lulista, refutando as declarações da Ministra Dilma Rousseff sobre a originalidade do projeto. O jornal também coloca depoimentos, contra e a favor, de alguns governadores sobre o PAC.
Ainda no jornal Liberal, o repórter 70 nomeia o candidato da coligação PT/PMDB à presidência da Assembléia Legislativa do Estado como Domingos 'Cheio-de-Processos' Juvenil, devido aos processos por irregularidades administrativas do ex-prefeito de Altamira. Mesmo se confirmadas as acusações, não cabe ao jornal tal tratamento a um deputado. Por outro lado, o Diário também errou ao ignorar os processos respondidos por Domingos Juvenil.
por Hyury Potter

Manchetes de Terça: 23/01/07

O Liberal: Pacote limita reajuste de salários. Diário do Pará: Pacote de Lula beneficia o Pará.

domingo, janeiro 07, 2007

Análise: domingo 07/01/07

O Liberal trouxe, em seu editorial, uma crítica sobre o pacto federativo que impede a tão falada reforma tributária do governo Lula. No caderno Poder, há a matéria que foi chamada de capa deste domingo, sobre os antigos "padrinhos" da extinta Sudam, que voltam para participar da reformulação do órgão que ajudaram a depreciar. No entanto, continua o silêncio do jornal a respeito do processo que envolve as Organizações Rômulo Maiorana(ORM) e a Fundação das Telecomunicações do Pará(FUNTELPA). Seria bom para todos que as ORM se pronunciassem, ganharia o jornal e os leitores que, por enquanto, só sabem o que o Diário do Pará publica.
Além do destaque sobre processo ORM/FUNTELPA, o jornal Diário do Pará traz como chamada de capa um alerta sobre a falta de recursos na área da saúde à 90 municípios. Entretanto, a capa peca por uma foto muito grande sobre um assunto sem impacto sobre o leitor, as "Férias Escolares". Seria mais útil uma foto recente (a da página A-10 data de 16 de março de 2006) de algum posto de saúde em algum município que sofre com a falta de recursos mencionada na capa. Ainda na primeira página, o Diário divulga Ricardo Noblat como seu novo articulista político, porém, não se enganem pelo tamanho da chamada, sua coluna só começará a sair amanhã(segunda).
Para este ano, a Rádio Clube pretende ampliar o espaço jornalístico com a inserção de mais um noticiário diário, o que acarretará na contratação de mais jornalistas, segundo informa a matéria da página A-5 do jornal. Além disso, a rádio terá nos próximos meses o primeiro transmissor digital das regiões Norte e Nordeste. Uma boa notícia para a mídia paraoara e, principalmente, para os ouvintes.
por Hyury Potter

Manchetes do Domingo: 07/01/07

O Liberal: 'Padrinhos' ressuscitam fantasmas da Sudam. Diário do Pará: Municípios estão na UTI.

Código de Ética da Associação Brasileira de Ouvidores(ABO)

Código de Ética do Ouvidor/Ombudsman
Proposta aprovada na Assembléia Geral Extraordinária, convocada para essa finalidade, realizada em Fortaleza - CE, no dia 19/12/97.
Considerando que, a natureza da atividade da Ouvidoria está diretamente ligada à compreensão e respeito às necessidades, direitos e valores das pessoas.
Considerando que, por necessidades, direitos e valores entende-se não apenas questões materiais, mas também questões de ordem moral, intelectual e social, e que direitos só têm valor quando efetivamente reconhecidos.
Considerando que, no desempenho de suas atividades profissionais e dependendo da forma como essas sejam desempenhadas, os Ouvidores/Ombudsman podem efetivamente fazer aplicar, alcançando esses direitos.
Considerando que, a função do Ouvidor/Ombudsman visa o aperfeiçoamento do Estado, da Empresa, a busca da eficiência e da austeridade administrativa.
Finalmente, considerando que, no exercício das suas atividades os Ouvidores/Ombudsman devem defender intransigentemente os direitos inerentes da pessoa humana, balizando suas ações por princípios éticos, morais e constitucionais.
Os membros da ABO - Associação Brasileira de Ouvidores resolvem instituir o Código de Ética, nos termos enumerados a seguir:
1. Preservar e respeitar os princípios da "Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Constituição Federal e das Constituições Estaduais".
2. Estabelecer canais de comunicação de forma aberta, honesta e objetiva, procurando sempre facilitar e agilizar as informações.
3. Agir com transparência, integridade e respeito.
4. Atuar com agilidade e precisão.
5. Respeitar toda e qualquer pessoa, preservando sua dignidade e identidade.
6. Reconhecer a diversidade de opiniões, preservando o direito de livre expressão e julgamento de cada pessoa.
7. Exercer suas atividades com independência e autonomia.
8. Ouvir seu representado com paciência, compreensão, ausência de pré-julgamento e de todo e qualquer preconceito.
9. Resguardar o sigilo das informações.
10. Facilitar o acesso à Ouvidoria, simplificando seus procedimentos, agindo com imparcialidade e justiça.
11. Responder ao representado no menor prazo possível, com clareza e objetividade.
12. Atender com cortesia e respeito as pessoas.
13. Buscar a constante melhoria das suas práticas, utilizado eficaz e eficientemente os recursos colocados à sua disposição.
14. Atuar de modo diligente e fiel no exercício de seus deveres e responsabilidades.
15. Promover a reparação do erro cometido contra o seu representado.
16. Buscar a correção dos procedimentos errados, evitando a sua repetição, estimulando, persistentemente, a melhoria da qualidade na administração em que estiver atuando.
17. Promover a justiça e a defesa dos interesses legítimos dos cidadãos.
18. Jamais utilizar a função de Ouvidor para atividades de natureza político-partidária ou auferir vantagens pessoais e/ou econômicas.
19. Respeitar e fazer cumprir as disposições constantes no "Código de Ética", sob pena de sofrer as sanções, que poderão ser de advertência, suspensão ou expulsão dos quadros associativos, conforme a gravidade da conduta praticada, devendo a sua aplicação ser comunicada ao Órgão ou Empresa na qual o Ouvidor exerça suas atividades.
20. As sanções serão impostas pela Diretoria Executiva da ABO, ex-ofício ou mediante representação, com direito a recurso ao Conselho Deliberativo, em prazo de 15 dias após a imposição da penalidade aos membros do quadro associativo.
21. As Seções Estaduais poderão ter o seu "Código de Ética e Conduta", que deverão ser submetidos à apreciação do Conselho Deliberativo da ABO.
22. As sanções impostas pelas Seções Estaduais da ABO poderão ser objeto de recurso ao Conselho Deliberativo da ABO, no prazo de 15 dias.
23. Os procedimentos para a avaliação e aplicação das sanções serão definidos por Resolução da Diretoria Executiva.
Fortaleza, 19 de dezembro de 1997. III ENCONTRO NACIONAL DE OUVIDORES

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Um breve guia ou aviso aos navegantes

A rigor, hoje não somos ombudsmans, e isso facilita nosso trabalho. No entanto, em sua essência, e conceito original, somos. O termo foi originado na Suécia em 1809 e significa representante da nação. Nos países escandinavos designa ser o ouvidor-geral (função pública criada para canalizar problemas e reclamações da população). Na imprensa, o termo é utilizado para nomear o representante dos leitores dentro de um jornal. A função de ombudsman de imprensa foi criada nos Estados Unidos nos anos 60. Chegou ao Brasil em 89 com o jornal Folha de SP.

Não somos contratados, e isso nos tira do conceito criado nos anos 60 pela imprensa americana, mas prestamos um serviço aos leitores dos jornais que serão analisados, e estamos dispostos a ouvir o chamado dos mais atentos, seja para críticas ou para elogios. E isso nos credencia a ser ombudsman, mas em seu conceito primeiro, criado no início do século XIX na Suécia.

Não será encontrada nenhuma verdade absoluta nesta casa, pois toda verdade é passível de discussão, e isto encontraremos aqui, canais dispostos ao diálogo: tanto ao leitor quanto ao jornal impresso tratado.

Diariamente o nosso leitor/colaborador terá um texto com uma análise sobre os dois maiores jornais diários locais, O Liberal e Diário do Pará, e quinzenalmente sobre o Jornal Pessoal. O blog também tem espaço para artigos, entrevistas e matérias, sempre sobre o campo midiático. Sejam bem vindos a este lado do rio, e boa leitura. por Hyury Potter Ouvidores: Cristiane Oliveira, Hyury Potter e Luís Santana